20.4.11

A CIGARRA E A FORMIGA

O poema/fábula de La Fontaine, que tivemos a felicidade de estudar nos bancos ginasiais dos salesianos de Dom Bosco, ao lado de bela-vistenses originários dos Rondon, Loureiro Pinheiro, Caporossi, Mascarenhas e que serviu de base para formarmos o conceito do Direito de Propriedade e do Trabalho, foi fundamental na formação dessa nossa geração.

Com meus quase 76 anos de idade com saúde, graças a Deus continuo na ativa produção rural não compactuando com os inimigos da minha classe. Infelizmente o Lula e a maioria de seus seguidores do PT que conforme a mídia até a mãe nasceu analfabeta (sic), e que levaram uma vida ociosa na juventude agora querem se apossar dos bens daqueles que trabalharam e armazenaram alimentos para o futuro.

Acompanhando na Imprensa os últimos acontecimentos sobre invasões de terras particulares na região de Bela Vista e lendo as declarações do líder invasor, que afirma ser “ocupação pacifica, de nossa parte”, ficamos enojados com tamanha cara de pau, desfaçatez e desrespeito à Constituição.

E a Lei ainda exige que os proprietários apresentem-se com Ação de Reintegração de Posse, embora seja um crime em flagrante e que assim deveria ser tratado imediatamente pela polícia, com cassetetes corretivos, como dizem os americanos. E se estes “companheiros” resolvessem invadir e tomar posse de uma residência da cidade ou de um supermercado, qual seria a reação dos cidadãos urbanos?

No conceito das Leis, nós Produtores Rurais somos discriminados e assim desrespeitados. Um problema que se agravou em 1988 com a Nova Constituição que premiou as “cigarras” e penalizou as “formigas”, cuja afirmativa posso explicar melhor após estes acontecimentos com a “companheirada” plena em direitos e livre de deveres.

Estarrecido assisti a tomada da Prefeitura de Bela Vista, uma cidade historicamente colonizada por gaúchos de boa têmpera, agora em mãos do Partido inimigo dos Produtores Rurais e também o equivocado apoio e homenagens do Sindicato Rural ao líder petista que quando Governador apoiava as invasões de propriedades, não cumprindo Mandados Judiciais de Reintegração de Posse, criador do Fundersul e exterminador do Dersul entre outros absurdos prejudiciais aos produtores de alimentos.

Residindo em Ponta Porã e com atividades rurais em Amambai e Dourados já assisti este mesmo filme. O primeiro castigado no MS com a eleição do PT para a Prefeitura foi o município de Amambai. Proliferaram-se as invasões de terras e o município está pagando até hoje pelos desmandos oficiais. Algum tempo depois foi Ponta Porã que recebeu o castigo, e todos nós acompanhamos o resultado, apenas amenizado agora com o bom fluxo do turismo.

Dourados que também votou errado, sofreu menos pela conduta pessoal do Prefeito Tetila, que com bom senso diminuiu o ímpeto destrutivo dos “companheiros”. Porém, o período de atraso estagnou a grandeza que vinha acontecendo. E o castigo agora chegou para Bela Vista.

E neste caso uma incógnita fica no ar quando lembro que o “ungido” por Pucinelli para ser o candidato do PMDB ao Senado e que se intitula filho e representante da querida cidade fronteiriça “Terra dos Laranjais” cantada em versos pelo poeta Dom Aquino Correa.

Se o Homem do André perdeu a Prefeitura de sua cidade, podemos deduzir, das duas uma, ou ele estava já acertado com o Lula para apoiar a Dilma Rousseff ou não tem prestígio nem mesmo na sua terra natal.

A bem da história e da verdade quero relembrar aos mais jovens, que no passado o atual Governador do MS candidato à reeleição bem como o pré-candidato Serra para a Presidência comungavam no extinto MDB, irmão mais velho do atual PT, todos com as mesmas idéias neo- socialistas dos seus adversários de hoje. Com toda essa hipocrisia concluímos que todos eles são farinha do mesmo saco.

Deixando este meu alerta aos fronteiriços para que não votem nunca mais contra suas origens vou me recolhendo para não enfraquecer também os espaços conquistados na Imprensa Independente. Outro alerta devemos deixar também para os Clubes de Imprensa e Associações de Jornalistas. “A censura de Imprensa chegou a Amambai”.

Primeiro foi um engenheiro funcionário da Agesul, que tentando desmentir o óbvio, insultou o jornalista AL Penteado por ousar fazer comentários sobre as más condições das estradas estaduais. E agora alguns funcionários da Funasa ofendem e tentam proibir os repórteres do A Gazeta de Amambai de trabalharem divulgando a falta de água potável na Aldeia Indígena do Limão Verde. Cala-te boca.

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