20.4.11

NOVENTA E SETE JANEIROS

Jango Cardinal, meu velho companheiro de lutas sindicais e associativistas, neste dia 30 de janeiro está completando 97 anos, dos quais cinqüenta foram vividos em Ponta Porã e na Fazenda São Bento, lá na margem esquerda do Rio Amambai. O bom gaúcho de Bossoróca, segundo distrito de São Luiz Gonzaga (RS), também terra natal de meus avós, chegou por aqui em 1947, completando portanto neste ano suas Bodas de Ouro como mato-grossense e fronteiriço.

Caminhamos juntos em diversas trilhas pioneiras do desenvolvimento desta região. Fomos companheiros na Cooperativa dos Produtores de Mate Amambai Ltda., sob a presidência do Eraldo Saldanha Moreira e do Juvenal Fróes. Participamos da fundação da Associação Rural de Ponta Porã com a presidência do engenheiro agrônomo Diogo Vaz Guimarães, meu orientador para introdução nas Ciências Agrárias de Viçosa (MG) e depois, por aqui, meu mentor na prática da profissão.

Também fazendo parte da diretoria já com o Armando Derzi, transformamos a Associação Rural em Cooperativa Mista Agropecuária, passando a fornecer insumos e principalmente sementes de pastagens para os produtores rurais. Juntamente com o Armando fomos introdutores das brachiárias aqui nesta região, e eu tive a felicidade de trazer as primeiras embalagens com mudas, desde Cuiabá, em uma Rural Wyllis cedida pelo prefeito Coraldino Sanches.

Foram sete variedades fornecidas pela Secretaria de Agricultura de São Paulo e doadas para a Secretaria do MT. Entre elas a “rosisienses” – “decumbens” e a tóxica “taner grass”. Com a primeira multiplicação por sementes realizada em São Manoel e Campinas pelo CATI do Governo de São Paulo, as brachiárias foram sendo disseminadas no Centro Oeste transformando os campos de barba de bode em pastagens produtivas.

As ‘brachiárias’ foram um marco que delimitou a velha e a nova pecuária brasileira. Após a implantação dos Governos Militares iniciados em 1964 atualizamos nossa Associação que aos poucos foi se tornando em Sindicato Rural, conforme ditavam as Leis.

Com a participação ativa do meu padrasto Jorge dos Santos Pereira, meu padrinho José Pinto Costa, e dos amigos comuns Osvaldo de Almeida Mattos, o Guaiaca, Arino Moreira, Astúrio Monteiro de Lima, Eraldo Saldanha Moreira, Cândido Garcia de Sousa, Jamil e Rachid Derzi, Sadi Pinto Magalhães e seu sogro Nenê Guimarães, José Fernandes Paes, João Portela Freire, Ivolim Alves Monteiro, meu sogro Waldomiro A. Monteiro, Dario Martins e seu filho Sizenando, Nery Alves Azambuja, José Carpes, Athamaril Saldanha, Lino do Amaral Cardinal, irmão do Jango e juntos com o Francisco Byron Loureiro Medeiros o mais jovem da turma, completamos uma relação de setenta e dois ruralistas, o número mínimo necessário exigido na época pelo Ministério do Trabalho, para instalarmos a Entidade Sindical.

O Sindicato Rural de Ponta Porã foi o primeiro a receber a CARTA SINDICAL neste Sul maravilha. Com o Jango idealizamos o sonho de construir um Parque de Exposições Agropecuárias e assim realizar uma Exposição que dignificasse a importância do setor rural regional. O amigo Jango sempre pertenceu a corrente Política de Direita, liderada naqueles tempos por Rachid Saldanha Derzi.

Ainda jovem e sem paixão partidária eu acompanhava José Pinto Costa meu padrinho, atuante no PTB de Getúlio Vargas o que me incentivou a seguir Pedro Pedrossian (PSD/PTB) em 1966, quando disputou o Governo de Mato Grosso contra o ortodoxo Lúdio Coelho.

No Mato Grosso anterior a 1964 existiam duas vertentes políticas que se alternavam no Governo do MT indiviso, a linha tradicional e conservadora na época representada pela UDN – União Democrática Nacional, militância dos antigos Coronéis “Imperialistas”.

Meu avô Luiz Pinto de Magalhães, Lidyo Lima, Ponciano de Mattos, Valêncio de Brum, e nesse quadro conheci na minha juventude o prefeito e deputado federal Dr. Aral Moreira, Adjalmo Saldanha e o Dr. Rachid Saldanha Derzi. Os originários da Revolução Federalista que derrubou o Império e criou a República abrigavam-se no PSD – Partido Social Democrático e no PTB – Partido Trabalhista Brasileiro.

No PSD regional também liderado e comandado por Coronéis posso citar o deputado Althair Brandão, Ataliba Batista, Arino Moreira, Lino do Amaral Cardinal que tiveram tempos áureos com Eurico Gaspar Dutra quando comandante do ONZE e chegando à Presidência da República como marechal de Exército na Segunda Guerra Mundial. O último deputado federal do PSD creio que foi o médico Miguel Marcondes Armando.

Durante a transição política da chamada Revolução de 1964, Filinto Müller apresentou o jovem engenheiro de Miranda, Pedro Pedrossian como candidato a governador na coligação PSD/PTB e que foi eleito em 1966. O PTB que eu conheci por aqui era comandado pelos coronéis José Pinto Costa, Astúrio Monteiro de Lima, Sadi Pinto Magalhães e Lycio Proença Borralho que foi prefeito e deputado Federal.

Já na juventude conheci o ilustre fronteiriço/pontaporanense Weimar Gonçalves Torres, filho da paraguaia dona Dionizia Gonçalves e do advogado nordestino José dos Passos Rangel Torres. O Weimar foi eleito deputado federal na coligação PSD/PTB. Agapito Boeira também foi deputado estadual nessa coligação PTB/PSD.

Meu amigo Jango sempre pertenceu a corrente conservadora e eu mais jovem acompanhei a política de Pedrossian. Essas idéias divergentes não impediram o desejo de trabalharmos juntos por Ponta Porã e pela nossa Classe e assim em 1974 fundamos o Clube do Laço Lino do Amaral Cardinal como embrião da organização da Primeira Exposição Agropecuária, a EXPOINTER 1975, com o fundamental apoio do prefeito Ayres Marques e do Byron Medeiros, secretário do Sindicato Rural.

Vale ressaltar que a construção daquela primeira etapa do Parque e a realização da Expointer recebeu a atenção de toda a comunidade fronteiriça. Não paramos por aí, nossa Diretoria do Sindicato Rural em 1976/77 construiu um Hospital Regional do FUNRURAL em terreno conveniado pela Câmara Municipal com a participação do sindicalista e vereador Juvenal Fróes.

Não fossem as forças ocultas, como dizia Jânio Quadros o Hospital não teria sido sucateado e o quadro da Saúde hoje seria outro. Jango também participou ativamente da diretoria que construiu o maior Armazém/Silo ainda existente em Ponta Porã para a Cooperativa presidida por nosso companheiro Dr.Astúrio Marques e hoje pertencente à COAGRI.

Hoje a mais moderna Cooperativa de Crédito, o SICRED, muito bem administrada pelo engenheiro agrônomo Vandir Agostino Caramori, companheiro de muitas lutas rurais, tem um associado entusiasta e participativo, o Jango Cardinal, o homem de noventa e sete janeiros.

* Produtor Rural de apenas 75 Safras

RENOVAÇÃO DE LIDERANÇAS

Acompanhando na mídia as notícias sobre a eleição que vai ocorrer no Sindicato Rural de Ponta Porã e observando os resultados das mudanças de comando das Entidades Representativas Rurais no MS começo a acreditar em profundas alterações comportamentais deste setor produtivo. A Acrissul tradicionalmente conservadora, com a nova gestão do Francisco Maia um guri que brincou com meus filhos nas ruas de Ponta Porã, vem provocando uma revolução/renovadora pela posição corajosa de enfrentar o tradicional conservadorismo de direita ao “pegar o boi pelo chifre”.

Enfrentando o perigo de frente, o Chico ousou minar as hostes inimigas sugerindo ou propondo uma participação efetiva dos produtores rurais na chapa do Zeca, candidato a Governador pelo PT. Nos últimos dias a mídia vem divulgando a intenção de a Acrissul tentar reunir os maiores lideres do Conjunto Comercial Sudamericano o MERCOSUL no evento Internacional promovido pela entidade, a Expo MS/Agronegócios, entre eles o polemico Hugo Chaves, Presidente da Venezuela.

A presença de um Chefe de Estado estrangeiro obrigaria a vinda do LULA a Campo Grande, e assim muitas decisões seriam antecipadas visando as próximas eleições. O Chico que ainda muito jovem foi Deputado Federal, com esta atitude renovadora definitivamente retornou para a Política no momento certo em que a Nação está repensando o seu futuro, optando pela Direita conservadora ou acompanhando a moderna globalização social e econômica. A administração competente e independente do Presidente anterior Laucídio Coelho permitiu a atual virada de mesa.

Aqui pelo Sul com a baixa densidade eleitoral e por isso esquecidos pela mídia estadual o Sindicato Rural de Amambai dirigido por Christiano da Silva Bortolotto e o Sindicato de Tacuru com a liderança do Luís Pantalena são algumas das vozes atuantes e discordantes da inoperância e da acomodação dos atuais executivos no Poder.

Tragicomicamente e infelizmente Dourados elegeu um prefeito diferenciado da população, e um presidente de Sindicato Rural que ausentou os problemas do Campo da mídia estadual. Lá pelo norte do Estado, que juntos com a Capital estão usufruindo de todas as benesses estaduais possíveis do todo que se arrecada de Impostos no MS não se ouvem vozes nem a favor e nem contra a administração do atual Governador. Talvez seja a ausência da Mídia que, como acontece aqui, recebe a censura disfarçada em “cala bocas” oficiais.

A preferência governamental ao não esconder sua intenção de tomar a vaga de vice governador de Dourados e beneficiar Três Lagoas e também o descarado apoio político anunciado para a candidatura de seu secretario de obras, outro nome do Bolsão, para a Câmara Federal e o incentivo oferecido para o presidente da Famasul, também nortista, demonstra claramente o abandono político do Sul.

Tudo isso, somado com as aplicações administrativas e políticas voltadas somente para Campo Grande me trazem à memória o Filme da Divizão do Mato Grosso, quando Paulo Machado liderando os sulistas divizionistas alertava a todos nós sobre o protecionismo aos cuiabanos. A reprise da peça está em cartaz para todos nós Sulistas começarmos a pensar em uma nova separação.

E nesse caso é oportuno lembrarmos da intenção do ex-governador Zeca do PT que incentivando um Plebiscito para a troca do nome do Estado automaticamente provocou uma reação separatista. Dessa idéia bizarra pode surgir de fato um Novo MS num futuro próximo, e que abraçando o Sul desde Rio Brilhante e Maracaju, pela Serra iria congregar um Povo homogeneamente semelhante em raça, costumes e atividades econômicas afins.

Repetindo as palavras do saudoso amigo Paulo Machado eu posso afirmar que esse é o verdadeiro Mato Grosso do Sul dos meus sonhos. Por enquanto, Rio Brilhante e Maracaju passando pela Grande Dourados e alcançando as Fronteiras de Ponta Porã à Mundo Novo e com a pujança de Naviraí mais ao Leste, o Sul trabalha e produz riquezas, locupletando a Capital do Estado e seus satélites.

Novas lideranças devem trazer esperanças e assim esperamos que nas eleições de 2010 o voto de todos os sulistas seja preferencialmente sufragado aos candidatos do Sul. Voltando ao tema do titulo deste artigo devo mencionar o ex-presidente do Sindicato Rural de Dourados e agora vereador Gino Ferreira, um nome que deve ser trabalhado para a Câmara Federal. A classe que já dispõe do eficiente Deputado Estadual Zé Teixeira ficaria bem representada nos dois parlamentos.

E quanto à eleição do novo Presidente do Sindicato Rural de Ponta Porã Dr. Jean Paes Martins, medico veterinário ativamente exercendo sua profissão e prestando assistência a diversos criadores tem todas as credenciais para brilhar nesta missão. E sobre o Jean Político, embora sem a sua manifestação publica posso imaginar que o neto do combativo Benone Martins das hostes oposicionistas da minha contemporaneidade e também neto do meu companheiro de Diretoria desse mesmo Sindicato o José Paes, um político conservador do velho Apa, devemos acreditar no potencial desse sangue novo.

Cláudio Martins, meu companheiro de veteranas peladas e líder esportista e ex-presidente renovador da Associação Comercial de Ponta Porã e do União Tênis Clube, literalmente deu sua vida pela causa social da coletividade fronteiriça e como pai nos legou o filho Jean, esta liderança jovem que rapidamente vai surpreender.

TERRORISMO NO CAMPO

Felizmente para o bem da Democracia e para nós produtores rurais vem chegando ao Fim a ERA LULA, protagonizada pelo PT que é seu Partido Político e pelo adesista PMDB e outros nanicos aproveitadores do Poder em todos os últimos Governos da Nova República. Neste final de 2010 que ora se inicia vamos eleger um Presidente e um novo Congresso, e queira Deus que os eleitores sejam iluminados para votarem em cidadãos nacionalistas e respeitadores da Constituição, uma raridade no meio político nacional.

O produtor rural amargou oito longos anos com FHC que com Dona Ruth Cardoso iniciou o fortalecimento de ONGs Internacionais interventoras no Sistema Fundiário Brasileiro e que diziam respeito apenas aos cidadãos do País. Criaram-se as Bolsas e assim proliferou-se o ócio e a perda da dignidade entre os mais humildes e carentes. E o Presidente Lula continuou na mesma política e ainda ampliou essa insensatez que tanto mal vem causando na formação da juventude e no espírito de todos os Brasileiros.

Prá que trabalhar? dizem os desempregados na periferia das cidades, e recebendo indefinidamente o seguro desemprego. Outros dizem que estão inscritos nos Programas tais e tais, e recebem cesta básica, pra que trabalhar? Basta votar na continuidade. E como tudo na vida é iniciado na Educação, oferecer Escolas de Formação Profissional é o melhor caminho.

Fome Zero é apenas um demagógico slogan de propaganda e promoção política. Em 1964 quando o General Castelo Branco assumiu o Governo, eu já me dedicava na agricultura e na pecuária nas férteis terras do Vale do Rio Amambai. A história conta e registra esses fatos, agora propositalmente desvirtuados e distorcidos. Eu vivi essa época e convivi com essa realidade.

Faltava comida na mesa dos brasileiros, a inflação tornou-se incontrolável. Os Supermercados não tinham feijão e nem arroz. As mulheres valentes dos governadores de Belo Horizonte, Rio de Janeiro e São Paulo saíram às ruas, batendo panelas e exigindo apoio do Governo Federal aos agricultores que estavam abandonados sem Política Agrícola definida e sem estímulos para produzir.

Assustados com o barulho de panelas indefesas os governantes abandonaram o Poder e o País. Os responsáveis maiores pelas Ligas Camponesas que hoje se transformaram no MST, uma força revolucionária coadjuvante do atual Governo do Lula, agora estão posando de vítimas. Felizmente em 1964 para o bem de todos o Exército cumpriu seu papel Constitucional e assumiu o Comando da Pátria.

Foram vinte anos de trabalho e progresso com desenvolvimento. E infelizmente, com o advento da chamada Nova República, com Sarney e seus comparsas o Brasil reiniciou um período de decadência Política/Administrativa, com a corrupção dominando todos os Poderes. A Reforma Agrária tão importante para a produção alimentar e geração de empregos, com a manutenção do homem do campo em seu habitat natural e evitando o êxodo rural foi criminosamente desvirtuada.

E o terrorismo no campo foi iniciado com essa tese e filosofia errada dos últimos Governos do Brasil. Embora exista um rosário de Atos governamentais atormentando e provocando o terrorismo no Campo vou enumerar apenas o principal. O Direito de Propriedade que é o principio básico da Democracia e do Capitalismo que através da Constituição sempre regeu nossas vidas, foi violado.

As propriedades rurais são os principais alvos desses terroristas, que treinados em Cuba e ultimamente na Venezuela aterrorizam os verdadeiros homens do Campo. Meia dúzia de bandidos aproveita-se da situação miserável de milhares de reais trabalhadores rurais e lideram as invasões. A massa humana disponível e que foi expulsa do meio rural pela total ausência de Política Agrícola dos últimos anos, e sem a devida escolaridade torna-se massa de manobra ideal para esses terroristas hoje custeados por ONGs Internacionais, sob o beneplácito do Governo.

Este modelo errado de Reforma Agrária, usurpando pela força as Terras de quem trabalhou e as adquiriu legalmente estagnou a economia do MS. Movimentos estrangeiros, passando por cima das atribuições do Presidente, ou mancomunados com ele emitiram via FUNAI uma serie de Portarias, que pretensiosamente atropelaram a Constituição, pretendendo expropriar propriedades particulares que são responsáveis pela própria existência social e econômica do Mato Grosso do Sul.

O Governo do MS deveria entrar na Justiça pedindo a punição dos responsáveis. A FUNAI que emitiu as Portarias e o Ministro responsável por essa Autarquia deveriam pagar pelos prejuízos que o Estado e seus habitantes estão sofrendo em decorrência do Ato arbitrário. Neste 2010, povo do Mato Grosso do Sul deve votar contra os inimigos do Estado

ARROZ CARRETEIRO E AS PORCARIAS DA FUNAI - publicado em 16 de outubro de 2008



"Em se plantando tudo dá", assim se expressou Vaz de Caminha na primeira carta mentirosa que saiu do Brasil.

A corrupção que hoje assola o País, principalmente no meio Governista e Político alcança dimensões que estão levando os Produtores Rurais para o confronto.
A ausência de Política Agrícola, as mentiras nas CPIs, o desrespeito à Constituição e agora com as Porcarias ( com mesmo ) emitidas pela Fundação Nacional do Índio, que nem faz parte do primeiro escalão do executivo nacional começam a movimentar a Sociedade Sulmatogrossense.
Solidarizando-se com os Produtores de Alimentos do Município de Miranda, representações de dezoito Sindicatos Rurais do MS filiados à FAMASUL, a ACRISUL e MNP nesta segunda feira de trabalho dirigiram-se até ao Pantanal.
Concentrados na entrada da cidade, na Sede da Associação Rural do Vale do Rio Miranda, milhares de Trabalhadores Rurais da Região uniram-se aos produtores de diversos Municípios do Centro Sul do Estado.
As mulheres foram maioria, inúmeros casais estavam juntos, e com esse destaque demonstraram a real situação da calamidade social e econômica que as Ações da FUNAI estão promovendo.
Os Presidentes do MNP e do SR de Miranda anunciaram a passeata das BANDEIRAS BRANCAS simbolizando a PAZ.
O produtor pantaneiro e engenheiro Medeiros ( que não era o Byron ) tomando o microfone contestou os organizadores e afirmou que " chega de beijo na boca" e passeatas com Bandeiras Brancas, o momento é de enfrentamento na Justiça e na Política. E o FUTURO A DEUS PERTENCE.
Nas Palavras de Ordem anotamos frases dos diversos pronunciamentos como "Um Bando de Gente que não trabalha – contra gente que produz alimentos", referindo-se naturalmente à FUNAI.
Bandeiras Brancas Não.
" A população tem que entender que comida não nasce no Supermercado."
A Sociedade Civil deve ser conscientizada de que o gostoso "arroz Carreteiro" que sustenta esta Nação, não nasce simplesmente nos sacos do Supermercado, mas sim dependem do suor e lagrimas do Peão e do Produtor que sofrem no dia a dia de uma luta sem tréguas.
Ao meu lado, os produtores Carlos Eugenio Pauletti e o Branco Ramiro, de Aral Moreira dialogavam..." quem diria que nesta segunda feira braba de trabalho nós estivéssemos aqui nas Ruas de Miranda defendendo as Terras que compramos e pagamos conforme as LEIS BRASILEIRAS e que já são, portanto nossas de DIREITO."
Enquanto o Presidente do SR de Bonito em seu pronunciamento denunciava....a FUNAI corrupta já "rouba aos Índios" e agora quer tomar as nossas Terras aumentando seu potencial especulativo junto às ONGs.
Encerrando o Ato Cívico, o Presidente da FAMASUL, disse que "neste primeiro momento estamos entrando na Justiça para lutar dentro das Leis e também vamos falar com os Políticos.
A seguir motivado pelos acordes do HINO NACIONAL que emocionava a todos afirmou que se nada disso der certo, vamos pegar em armas, não vamos nos entregar, sem brigar. As Bandeiras Brancas foram atiradas ao chão e literalmente pisoteadas pela multidão.
Quero destacar a representação do SR de Maracajú que encontrei na Peixaria de Aquidauana, eram mais de sessenta Produtores Rurais com seus Peões, que no regresso da Passeata prestigiavam o Turismo regional. Afinal ninguém é de ferro.

Histórico: A FUNAI emitiu em Julho algumas Portarias, que no Sul do MS determinavam a expropriação e anexação de milhões de hectares de Terras Particulares para aquele Órgão Publico. A reação dos proprietários, através de seus Sindicatos Rurais imediatamente recebeu o apoio do Governador Pucinelli e do Presidente da Assembléia Dep. Jerson Domingues.
Em audiência com o Governador, a presidência da FUNAI e um representante da Casa Civil da Presidência da Republica, acordaram-se metas a serem cumpridas.
Nesse intervalo, Índios Terenas vindos do chaco Paraguayo conforme anunciou a Mídia Estadual, invadiram a Fazenda Petrópolis do Ex-Governador Pedrossian, em Miranda.
Em represália à Reintegração de Posse emitida pela Justiça Federal, a FUNAI, que se julga a dona da verdade e, portanto acima das Leis, emitiu uma Portaria especifica para Miranda. Determinou a medição imediata da absurda área de 37 mil hectares ao redor da aldeia Cachoeirinha, tradicionalmente reconhecida como área de três mil hás. aproximadamente. Para mostrar seu desprezo para com a Justiça, desrespeitou também o acordo da Casa Civil do Presidente Lula.
Os produtores rurais de Miranda estão desesperados, os peões temem perder seus empregos, os comerciantes perdem seus clientes, o clima é de Guerra. Por enquanto "fria".
Produtor Rural em Amambai

A CIGARRA E A FORMIGA

O poema/fábula de La Fontaine, que tivemos a felicidade de estudar nos bancos ginasiais dos salesianos de Dom Bosco, ao lado de bela-vistenses originários dos Rondon, Loureiro Pinheiro, Caporossi, Mascarenhas e que serviu de base para formarmos o conceito do Direito de Propriedade e do Trabalho, foi fundamental na formação dessa nossa geração.

Com meus quase 76 anos de idade com saúde, graças a Deus continuo na ativa produção rural não compactuando com os inimigos da minha classe. Infelizmente o Lula e a maioria de seus seguidores do PT que conforme a mídia até a mãe nasceu analfabeta (sic), e que levaram uma vida ociosa na juventude agora querem se apossar dos bens daqueles que trabalharam e armazenaram alimentos para o futuro.

Acompanhando na Imprensa os últimos acontecimentos sobre invasões de terras particulares na região de Bela Vista e lendo as declarações do líder invasor, que afirma ser “ocupação pacifica, de nossa parte”, ficamos enojados com tamanha cara de pau, desfaçatez e desrespeito à Constituição.

E a Lei ainda exige que os proprietários apresentem-se com Ação de Reintegração de Posse, embora seja um crime em flagrante e que assim deveria ser tratado imediatamente pela polícia, com cassetetes corretivos, como dizem os americanos. E se estes “companheiros” resolvessem invadir e tomar posse de uma residência da cidade ou de um supermercado, qual seria a reação dos cidadãos urbanos?

No conceito das Leis, nós Produtores Rurais somos discriminados e assim desrespeitados. Um problema que se agravou em 1988 com a Nova Constituição que premiou as “cigarras” e penalizou as “formigas”, cuja afirmativa posso explicar melhor após estes acontecimentos com a “companheirada” plena em direitos e livre de deveres.

Estarrecido assisti a tomada da Prefeitura de Bela Vista, uma cidade historicamente colonizada por gaúchos de boa têmpera, agora em mãos do Partido inimigo dos Produtores Rurais e também o equivocado apoio e homenagens do Sindicato Rural ao líder petista que quando Governador apoiava as invasões de propriedades, não cumprindo Mandados Judiciais de Reintegração de Posse, criador do Fundersul e exterminador do Dersul entre outros absurdos prejudiciais aos produtores de alimentos.

Residindo em Ponta Porã e com atividades rurais em Amambai e Dourados já assisti este mesmo filme. O primeiro castigado no MS com a eleição do PT para a Prefeitura foi o município de Amambai. Proliferaram-se as invasões de terras e o município está pagando até hoje pelos desmandos oficiais. Algum tempo depois foi Ponta Porã que recebeu o castigo, e todos nós acompanhamos o resultado, apenas amenizado agora com o bom fluxo do turismo.

Dourados que também votou errado, sofreu menos pela conduta pessoal do Prefeito Tetila, que com bom senso diminuiu o ímpeto destrutivo dos “companheiros”. Porém, o período de atraso estagnou a grandeza que vinha acontecendo. E o castigo agora chegou para Bela Vista.

E neste caso uma incógnita fica no ar quando lembro que o “ungido” por Pucinelli para ser o candidato do PMDB ao Senado e que se intitula filho e representante da querida cidade fronteiriça “Terra dos Laranjais” cantada em versos pelo poeta Dom Aquino Correa.

Se o Homem do André perdeu a Prefeitura de sua cidade, podemos deduzir, das duas uma, ou ele estava já acertado com o Lula para apoiar a Dilma Rousseff ou não tem prestígio nem mesmo na sua terra natal.

A bem da história e da verdade quero relembrar aos mais jovens, que no passado o atual Governador do MS candidato à reeleição bem como o pré-candidato Serra para a Presidência comungavam no extinto MDB, irmão mais velho do atual PT, todos com as mesmas idéias neo- socialistas dos seus adversários de hoje. Com toda essa hipocrisia concluímos que todos eles são farinha do mesmo saco.

Deixando este meu alerta aos fronteiriços para que não votem nunca mais contra suas origens vou me recolhendo para não enfraquecer também os espaços conquistados na Imprensa Independente. Outro alerta devemos deixar também para os Clubes de Imprensa e Associações de Jornalistas. “A censura de Imprensa chegou a Amambai”.

Primeiro foi um engenheiro funcionário da Agesul, que tentando desmentir o óbvio, insultou o jornalista AL Penteado por ousar fazer comentários sobre as más condições das estradas estaduais. E agora alguns funcionários da Funasa ofendem e tentam proibir os repórteres do A Gazeta de Amambai de trabalharem divulgando a falta de água potável na Aldeia Indígena do Limão Verde. Cala-te boca.
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